1ª Oficina Integrada de Capacitação e Educação Ambiental: Grupos de Trabalho traçam estratégias para ações socioambientais
Postado em: Notícias
Por: CbhAdministrador202109 0 Comentário
O mundo atravessa uma crise ambiental jamais vista na história. Desmatamento, degradação do solo, alterações climáticas, destruição da fauna e da flora e danos aos recursos hídricos. Nesse cenário, a educação ambiental assume um papel fundamental, radicalizando seu compromisso a partir de mudanças de ações, valores e comportamentos. Durante a 1ª Oficina Integrada de Capacitação e Educação Ambiental, os Comitês da Bacia do Rio Doce protagonizaram um momento até então considerado inédito. Propor ações voltadas para educação ambiental que possam ser implementadas no território.
Através de divisão de grupos de trabalho, representantes do CBH Doce e comitês afluentes da porção mineira tiveram a missão de listar ações que possam ser implementadas na bacia. Ao todo, foram dois dias com momentos de discussões, levantamento de diagnóstico e integração.
Ao final do encontro, cada grupo apresentou as propostas e os encaminhamentos, sendo a maioria voltados ao fortalecimento de ações já existentes na bacia, como a iniciativa Rio Vivo e o Protratar. “Finalizamos o evento com um roteiro que definirá os próximos passos dos comitês, com questões concretas para execução de atividades e ações prioritárias em capacitação e educação ambiental, visando à melhoria dos recursos hídricos na bacia. Acredito que futuramente teremos um material bastante produtivo para ser incorporado aos processos de contratação e de formalização de parcerias com outras instituições” afirmou o Luiz Gustavo, moderador da oficina, representando a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Educação Ambiental para “Fora da Caixa”
Desde a implantação da cobrança pelo uso da água, os Comitês da Bacia do Rio Doce trabalham em prol da recuperação ambiental, com ênfase no Saneamento Básico. Entre as ações estão a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico e o financiamento de projetos e obras de água e esgoto, por meio da iniciativa Protratar. Destaca-se também as atividades de controle das atividades geradoras de sedimentos, recomposição de APPs e cercamentos de nascentes.
Embora os investimentos tenham gerado resultados expressivos, um dos obstáculos dos comitês é levar o tema da educação ambiental para as comunidades e instituições de ensino. “Precisamos parar de falar para os ‘convertidos’”. Não devemos nos limitar ao ambiente escolar, pelo contrário. O ideal é desenvolver metodologias que fujam desse método tradicional. O caminho é levar o tema de forma mais palatável, mais acessível, mais aceitável, resumiu Geraldo Magela, conselheiro do CBH Piracicaba.
De acordo com Francisco de Assis, conselheiro do CBH Piranga e presidente da Câmara Técnica de Capacitação, Comunicação e Educação Ambiental (CTCEA) do CBH-Doce, os próximos passos são levar os encaminhamentos da oficina para o planejamento dos comitês. “Esse é um dos grandes desafios que temos a partir de agora. É muito importante para gente começar esse trabalho de planejamento, traçando metas a serem alcançadas dentro de um grande cronograma. É o primeiro momento de um grande passo que o comitê de bacia do Rio Doce está dando”, afirmou.
De acordo com secretário do CBH Doce, Flamínio Guerra, os Comitês não têm medido esforços para integrar a educação ambiental de modo permanente e contínuo em todas as plenárias. “A oficina se encerra como um norteador das nossas ações futuras de capacitação e educação ambiental dos comitês. Tivemos a participação da ANA e IGAM, além dos comitês afluentes. Essa pauta nunca saiu e permanecerá em nossas reuniões”, disse.
Na ótica da vice-presidente do CBH Manhuaçu, Flávia Dias, as ações listadas durante a oficina precisam reiterar o compromisso de educar ambientalmente, considerando a diversidade das comunidades inseridas na bacia. “Foi um momento ímpar, as discussões levantadas dentro do nosso grupo de trabalho, podemos olhar para o PIRH e colocar no papel as ações que precisam ser colocadas em prática. Acho que a partir desse exercício teremos a capacidade de trabalhar com as outras ações existentes. Foi um exercício que prova que nós temos capacidade, sim, que é possível, sim, trabalhar para fora o tema da educação ambiental na bacia”, ressaltou Flávia.
A 1ª Oficina Integrada de Capacitação e Educação Ambiental dos Comitês da Bacia do Rio Doce teve apoio da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Centro Universitário do Leste de Minas (Unileste) e da Entidade Delegatária e Equiparada às Funções de Agência de Água da Bacia do Rio Doce (AGEDOCE).