Artigo: Dia Mundial do Meio Ambiente


2 jun/2017

Wilson Acácio – Vice-presidente do CBH-Caratinga       

Nesta segunda-feira,  5 de junho,  comemoramos   mais um  Dia Mundial do Meio Ambiente. Criada pela ONU em 1972, quando se realizou a Primeira Conferência de Meio Ambiente Humano em Estocolmo (Suécia), esta data é de fundamental importância  porque ela procura chamar a atenção de toda a humanidade para os sérios problemas ambientais que hoje vivenciamos. Ao  mesmo tempo, a data permite-nos  fazer uma reflexão para a importância  de  preservarmos  os nossos recursos naturais que, devido a ganância do capitalismo selvagem, aliada ao crescimento da população, correm perigo em diversas pontos de nosso planeta! Infelizmente, o Brasil não foge a esta regra!

A destruição constante de nossos  ecossistemas, a poluição (atmosférica, hídrica, do solo, entre outras) em escala planetária,  por exemplo, são alguns dos pontos que exercem maior influência na sobrevivência de diversas espécies. Com o acentuado crescimento dos problemas ambientais nas últimas décadas,  eles não podem estar ausentes da agenda dos  governantes, dos empresários e também dos diversos segmentos  da sociedade   para que  sejam buscadas formas para a sua diminuição e estagnação.

Objetivando discutir e debater estes macros problemas que afetam diuturnamente bilhões de pessoas, principalmente nos países periféricos, desde o ano de 2000, a ONU  tem procurado  tomar importantes medidas e encaminhamentos    em relação ao que vem acontecendo no mundo no   que tange ao desenvolvimento econômico irresponsável e desenfreado.

Em 2015, foi promulgado os chamados ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), que devem ser implementados por todos os países do mundo. Foram estabelecidos dezessete objetivos, com  a estipulação de 169 metas a serem alcançadas  até 2030. Entre estes ODS, destacamos o de proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade;  promover o  crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos; assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;  conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos  recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável; assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.

Registra-se que em 2015, ainda de  acordo com a ONU, cerca de 90% da população mundial já disponibilizava de água potável, mas infelizmente, mais de 2,5 bilhões de pessoas  ainda não tinha acesso aos serviços de saneamento básico, com condições  simples –  banheiro ou latrinas.  Devido a falta destas condições mínimas de saneamento, nestas áreas  surgem doenças inevitáveis. Desgraçadamente, a escassez de saneamento, aliados aos  problemas relacionados  com a  qualidade da  água,  contribuem para que   mais de cinco mil crianças   morram diariamente!   Em 1992, a Conferência do Meio Ambiente,  realizada no Rio de Janeiro elegeu a Agenda 21, quando foi criado um importante slogan que, cabe a todos nós colocá-lo em prática:  “pensar globalmente, agir localmente”!